O Pará registrou 2.434 casos de sarampo nos seis primeiros meses de 2020, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). Segundo o órgão, quase a metade dos doentes estão em Belém. O estado apresenta a maior incidência da doença no país.
A atenção maior está para a capital, que viu os registros de casos explodir de um ano para o outro. Os casos de sarampo saltaram de 150 de janeiro a junho de 2019 para 1130, no primeiro semestre de 2020.
Pará tentar controlar o ritmo de contágio da doença, equipes de saúde começaram a percorrer os bairros da capital que registraram o maior número de casos de sarampo este ano. Os técnicos vão de casa em casa para identificar quem ainda não está imune à doença e aplicar a vacina.
"Por conta da pandemia, as pessoas estão com medo de sair de casa, então elas não tão procurando as unidades de saúde. A pessoa não imunizada, contraindo a doença, pode repassar pra outras pessoas porque o vírus se espalha pelo ar e uma das causas e que a pessoa pode até ficar cega", explicou Rosilene Gomes, assistente social, técnica de enfermagem e coordenadora da ação de saúde nos bairros.
A prioridade da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) é vacinar quem tem entre 20 e 49 anos, porque essa é a faixa de idade da maioria das pessoas que tiveram sarampo no estado. A vacinação segue na unidades de saúde e postos itinerantes.
Nesta etapa, a meta da Sesma é de imunizar quase 700 mil pessoas em Belém. A filha do motorista Jaime Martins é especial. Karina tem 36 anos e ainda não tinha tomado a segunda dose da vacina contra o sarampo.
"Mais tranquilo, graças a Deus. É melhor prevenir. O negócio não tá fácil", disse Jaime.
G1
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