quinta-feira, 9 de maio de 2019

1% das crianças entre 9 e 10 anos acredita que é ou talvez seja LGBT, diz estudo

Na foto, Michael, da série Champions da Netflix. (Foto: Reprodução)
Cerca de 1% dos meninos e meninas entre 9 e 10 anos declara que é ou talvez seja lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual de acordo com um estudo da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos. A pesquisa foi feita com base em questionários respondidos por mais de 4.500 crianças e seus pais sobre orientação sexual e identidade de gênero.
Uma das perguntas feitas para as crianças foi: “Você é gay ou bissexual?”. Em resposta, 0.2% afirmaram que “sim”, 0.7% declararam que “talvez”, 75% disseram que “não” e 23.7% afirmaram não ter entendido a questão.
Para a pergunta: “Você é transgênero?” 0.1% das crianças disseram que “sim”, 0.4% declararam que “talvez”, 38% afirmaram não ter entendido a questão e 61.5% disseram que “não”.
Uma das descobertas que intrigou os cientistas foi o fato de mais pais acreditarem que os filhos poderiam ser gays ou lésbicas (7%) ou transexuais (1.2%) do que o número de crianças que considerava essas possibilidades. A grande maioria das crianças do estudo também declarou não ter dificuldades na escola ou em casa por causa da sua orientação sexual ou identidade de gênero, mas 7% dos pais afirmou que esses problemas existiam.
“Esta é uma fase muito importante, biologicamente e socialmente. Aos 9 e 10 anos, os jovens – seja por meio de colegas, da mídia ou dos pais – estão começando a se expor a mais informações sobre relacionamentos e a interagir com mundo. Até mesmo sobre sexo”, disse, em nota Jerel Calzo, um dos autores do estudo e professor associado da Escola de Saúde Pública da Universidade Estadual de San Diego. “Eles podem não ver nada disso como sexual, mas estão começando a ter sentimentos intensos”.
Como a população LGBTQI+ tem maior risco de apresentar problemas de saúde mentais do que heterossexuais, os pesquisadores acreditam que os resultados trarão avanços no campo. “Se pudermos entender o desenvolvimento dessas identidades mais cedo e conseguirmos acompanhar o desenvolvimento delas usando grandes bases de dados, poderemos melhorar a pesquisa e a prevenção em torno de fatores de risco”, afirma Calzo. “Nós aprendemos com outros estudos que essas identidades podem mudar com o tempo, então essa pesquisa é poderosa. Ela nos ajuda a entender a identidade sexual e de gênero mais cedo e, assim, poderemos ter uma compreensão muito melhor dessas identidades ao longo do tempo”.

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