MPF cobra transferencia de familias que mora em bairro atingido por Belo Monte

Belo Monte

O Ministério Público Federal (MPF) Solicitou que o Ibama adote medidas judiciais e administrativas contra a Norte Energia e a prefeitura de Altamira pelo descumprimento do cronograma de ações para retiradas das famílias que mora no bairro Jardim Independente I, em Altamira, no Pará.
De acordo com O MPF, em outubro de 2018, a empresa afirmou acordo com o Ibama, onde se comprometia a finalizar as ações para retirada das famílias até o fim de 2019, o que não foi feito.
A prefeitura, caberia acompanhar e promover a demolição das palafitas.

Na sexta feira (3), procuradores da República foram ao bairro e constataram que os moradores permanecem vivendo sobre esgoto a céu aberto e despejo de dejetos, em condições insalubres, "Sem perspectiva de melhoras" e "Situação de colapso sanitário causada pela negligencia do poder público e do consorcio empreendedor da usina".

O Jardim Independente I se formou em torno de uma lagoa sazonal na área urbana de Altamira, que enchia na época das chuvas. A instalação de Belo Monte provocou uma explosão de preços no mercado imobiliário da cidade e a área que contava com cerca de 40 famílias passou a ser moradia quase de 500 famílias.

  Confira as Notas da Norte Energia e a Prefeitura:

Prefeitura:

A prefeitura de Altamira informou que é de responsabilidade da própria concessionaria de Belo Monte a remoção e a reurbanização da área. E que a secretaria de Integração Social cobrou, em abril, á empresa celebridade nas remoções.

Norte Energia:

Em nota, a Norte Energia informou que, das 496 famílias moradoras de palafitas do Jardim Independente I, cerca de 72% já foram atendidas. Para os demais casos, a empresa avalia alternativa de atendimento a serem submetidas á prefeitura de Altamira e ao Ibama.
O Ministério do Meio Ambiente, que responde as demandas de imprensa do Ibama, não retornou o contato da Rádio Agencia.

Rádio Agencia