Recuperação do SBT precisa passar por necessários investimentos no jornalismo e esporte

O SBT ocupou a vice-liderança de audiência até o começo de 2020, mais precisamente no início da pandemia. Foi exatamente a partir daquele momento, que o público passou a encontrar, na televisão, a fonte de informação mais segura para tomar conhecimento de tudo o que estava acontecendo no mundo e aqui, de forma particular. Uma situação inesperada, porque o seu jornalismo não estava, como nunca esteve e ainda não está, preparado para eventos do tipo. E foi aí que a Record, muito melhor aparelhada e uma programação implantada, passou a ser mais buscada pelo telespectador. Uma audiência que, desde lá até agora, o SBT não conseguiu recuperar. Também foi neste mesmo período, como causa e efeito, que o seu departamento comercial deixou de conquistar os mesmos resultados que tinha antes. O sucesso de uma televisão depende diretamente de uma série de fatores, que podem até ter pesos desiguais, mas são fundamentais no momento de fechar a conta. Para se colocar em condições de competitividade, nenhuma TV aberta pode prescindir de condições que são essenciais, como programação diversificada, produção forte e talentos capazes de fazer a diferença. No entretenimento, ok. O SBT até que vai bem, mas a sua dramaturgia não mais, assim como faltam mais investimentos no jornalismo e esporte, pilares fundamentais de toda grade que se preza. E foi tudo que levou a Record ao segundo lugar, posição em que ela, sem qualquer risco, permanece e deve continuar. Flavio Ricco Portal Leo Dias