sábado, 22 de junho de 2019

Parada Gay aborda avanços e retrocessos no domingo

Em clima de festa redobrado após decisão do STF, 23ª edição tem como tema protesto norte-americano que deu início ao movimento LGBT


Domingo (23) é o dia da 23ª Parada Gay de São Paulo. Organizado na avenida Paulista, o tradicional evento de viés celebrativo e político terá como tema "50 anos de Stonewall" e o slogan será "Nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT+". O advento da aprovação no Supremo Tribunal Federal da homofobia com crime de racismo no dia 13 de junho adicionou motivos para a maior Parada Gay do mundo comemorar.
Além de comemorar os protestos que ocorreram em 28 de junho de 1969, no bairro de East Village, em Nova York, que praticamente fundaram o movimento por equalização de direitos, a atual edição trará um recorte de avanços e retrocessos da população LGBT.

A concentração é prevista para começar às 10h. Já os discursos têm início ao meio dia e o primeiro carro sai no máximo até às 13h. Ao todo, 18 trios desfilam pela avenida e expectativa de público é a mesma que compareceu à ação em 2018, três milhões de pessoas. É um padrão que haja ao menos um carro com o tema voltado para honrar cada uma das letras na Sigla LGBT e outros só para tratar da juventude e da questão da saúde.
 Em 2019, a organização planeja homenagear as edições passadas ao usar os carros para estamparem os temas de cada ano numa espécie de retrospectiva. Desde outubro, a APOGLBT SP (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) vem se reunindo para desenvolver ações e combinar o tema. Por mais que o Supremo Tribunal Federal esteja lidando com a questão da criminalização da homofobia, a organização optou por Stonewall.

"As paradas existem porque a revolta de Stonewall foi relembrada um ano depois de ter acontecido com passeatas e isso abriu precedente para as demais. A partir de então não se parou mais de celebrar e de cobrar mudanças", disse Nelson Pereira, um dos membros do conselho sócio-fundador da Parada.

Entretanto, como a 23ª edição abordará um panorama dos direitos LGBT, haverá espaço para diversas críticas, pois, conforme Pereira, a iniciativa propõe uma manifestação livre a respeito do que as pessoas julgarem convenientes. "Durante a Parada surgem as questões pontuais do momento. Então trataremos da homofobia e devem surgir várias manifestações contra Bolsonaro porque a pauta desse governo é tirar ou minimizar direitos conquistados", acrescentou o fundador.

Outro aspecto salientado pelo vice-presidente da Parada Gay de São Paulo, Renato Viterbo, é a utilização do evento como ferramenta de pressão da sociedade civil para dar visibilidade à pautas que o movimento quer transformar em direitos reconhecidos. "Falamos da questão da LGBTfobia desde o início da Parada e não vamos deixar por menos em 2019", declarou o vice-presidente.

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